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Sábado - 01 de Abril de 2017 às 08:14
Por: Douglas Trielli e Camila Ribeiro/Mídia News

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Marcus Mesquita/MidiaNews
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que negou acusações de Riva
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que negou acusações de Riva

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), negou, por meio de nota, que pagava propinas milionárias para os deputados estaduais, durante o período em que foi governador, no intuito de ter apoio na Assembleia Legislativa.

A acusação foi feita pelo ex-deputado estadual José Riva no reinterrogatório da ação penal derivada da Operação Imperador, que ocorreu na tarde desta sexta-feira (31). A audiência foi conduzida pela juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital.

O ministro disse ter a “consciência tranquila” de que nada fez de errado.

Ele afirmou que cumpria com sua obrigação constitucional de repassar o duodécimo do Poder Legislativo, recurso destinado pelo Executivo para as despesas das instituições públicas.

Tenho a consciência tranquila, nada fiz de errado e tenho certeza de que isso será devidamente comprovado

“O orçamento do Estado do Mato Grosso é debatido e votado anualmente pela Assembleia Legislativa. Nele estão incluídas as previsões orçamentárias dos três poderes, que são independentes e fiscalizados pelo Tribunal de Contas do Estado. O Poder Executivo, no caso o governador, não tem qualquer ingerência na execução orçamentária da Assembleia Legislativa”, afirmou.

“Tenho a consciência tranquila, nada fiz de errado e tenho certeza de que isso será devidamente comprovado”, disse.

Ainda em nota, o ministro diz que Riva “reconheceu” que ele se recusou a participar de esquema de distribuição de propina a deputados.

No depoimento, entretanto, o ex-parlamentar cita que a propina ocorria desde a gestão Dante de Oliveira. E que assim que Maggi assumiu, os deputados procuraram Riva para saber se os repasses continuariam.

"Aí começou o Governo Blairo e ele falou que não ia continuar com isso. Ele estava disposto a passar um valor para a Assembleia, mas que fosse para passar a todos os deputados, para ajudar o governo na Assembleia", afirmou Riva

"Nesse período [2003 a 2004] foram movimentados R$ 1,1 milhão. Em 2005 aumentou para R$ 3,4 milhões. Em 2006 foram R$ 6 milhões. Em 2007, quando era presidente o Sérgio Ricardo [atual conselheiro afastado do TCE], R$ 12 milhões. Em 2008, R$ 15 milhões", completou.

Leia a íntegra da nota do ministro:

"Sobre o depoimento prestado na data de hoje (31/03) pelo ex-deputado José Riva à Justiça, esclareço que:

1. O próprio José Riva reconheceu que me recusei terminantemente, enquanto governador do Mato Grosso, a participar de qualquer esquema de distribuição de propina a deputados.

2. O orçamento do Estado do Mato Grosso é debatido e votado anualmente pela Assembleia Legislativa. Nele estão incluídas as previsões orçamentárias dos três poderes, que são independentes e fiscalizados pelo Tribunal de Contas do Estado.

3. O Poder Executivo, no caso o governador, não tem qualquer ingerência na execução orçamentária da Assembleia Legislativa.

4. Tenho a consciência tranquila, nada fiz de errado e tenho certeza de que isso será devidamente comprovado."

Blairo Maggi





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