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Opinião
Quinta - 19 de Agosto de 2021 às 16:07
Por: Evaldo Silva

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Foi-se o tempo em que vimos o mundo na corrida pelo desenvolvimento de vacinas que fossem capazes de minimizar os impactos provocados pelo novo coronavírus. Até este mês de agosto, já existem cerca de 14 vacinas contra a Covid-19 no mercado, sendo que destas, 5 já foram validadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e estão aptas para serem utilizadas no Brasil.

A busca da ciência por vacinas cada vez mais eficientes, continua, visto que a disseminação do vírus numa velocidade intensa, faz surgir novas variantes. As medidas não farmacológicas, como distanciamento social, uso correto das máscaras de proteção e higiene constante das mãos, seguem sendo necessárias e salvando vidas.

O alvoroço provocado pelo vírus, foi além da saúde das pessoas. A crise sanitária sacudiu a economia mundial. Os resultados vindos a partir da imunização da população, trouxe reflexos diretos no sistema financeiro das nações, especialmente naquelas onde o índice de vacinação segue em ritmo acelerado. Há de se dizer, porém, que o Brasil ainda está longe de alcançar posições realmente satisfatórias.

Negligência de uma parte, negacionismo de outra. Esses são fatores que atrasam a retomada da economia no Brasil.

Imunização em massa, em ritmo acelerado. Esse é o ingrediente principal da receita para a retomada da economia

Quando falamos em “recuperação da economiaâ€, temos diversas variáveis que precisam constar nessa equação. Apesar da crise, podemos citar o avanço tecnológico acelerado motivado pela necessidade.

Semelhante ao que ocorreu na história da civilização em tempos de guerra, registramos avanços extraordinários em tecnologia e outras soluções de mercado que surgiram diante da necessidade repentina advinda da crise que afetou a economia, o modo de vida e a saúde das pessoas em todo o planeta.

No entanto, não podemos falar em recuperação, em sair da crise, sem antes tratarmos a raiz do problema. A saúde das pessoas, o risco de vida, afeta em cheio o mercado financeiro, o comércio em geral e a renda das famílias.

Apesar de todas as evidências científicas, infelizmente, ainda vemos pessoas acreditando em mentiras que circulam em grupos de WhatsApp e outras redes sociais. As chamadas â€Fake Newsâ€, são um vírus tão avassalador para a economia quanto o próprio corona. Isso porque, ao acreditarem que as vacinas não funcionam, pessoas têm se recusado a receber o imunizante.

Só em Cuiabá, as abstenções estão em cerca de 20% todos os dias e até 50% nos finais de semana. Mensagens mentirosas que vão desde um “plano de dominação com chips através da vacinaâ€, até supostas “reações fataisâ€, são ameaças que precisam ser fortemente combatidas, se quisermos ver, de fato, uma retomada econômica em nosso país.

O atraso nas vacinas, significa um atraso também para sairmos do “vermelhoâ€. A imunização em massa é o único caminho para termos novamente índices positivos quanto à contratações, investimentos e confiança no mercado.

Negar vacina à população, é negar a chance de voltarmos a nossa vida, de voltarmos a crescer. Se recusar a vacinar, é também um ato de negligência, que pode custar sua própria vida ou de familiares e amigos, já que nunca sabemos quem pode ser a próxima vítima.

Imunização em massa, em ritmo acelerado. Esse é o ingrediente principal da receita para a retomada da economia.

Evaldo Silva é presidente do Corecon-MT.



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