Artigos Opinião
O negligente poder público
Viver tem sido um exercício cada dia mais perigoso nas cidades brasileiras. Além da violência já endêmica por falta de controle social, ainda temos a negligência como grande ameaça. Prédios desabam, explodem ou deles se desprendem placas e objetos que caem sobre os transeuntes. Tanto que, ao voltar pra casa, todos nós nos sentimos, verdadeiros sobreviventes. A dimensão do problema nos é dada pelo episódio do sofisticado parque Hopi Hari - onde o simples ingresso custa R$ 79, mais a viagem -, em que a jovem Gabriella Nichimura, de 14 anos, morreu ao ser arremessada da cadeira de um brinquedo. Por que, se estava interditada há 10 anos, a cadeira foi, durante todo esse tempo, mantida no equipamento? Por que ninguém impediu a vítima de ocupar aquele lugar? São muitas as indagações que, com a ação da polícia e do Ministério Público, certamente, serão desfeitas. Espera-se que os responsáveis recebam a justa punição.
Estado menor e melhor
Um governo federal com projeto definido, ação transparente e gestão eficaz, comprometido com a qualidade de vida e o futuro da população, dispensa ações clandestinas apoiadas no mau uso do dinheiro do contribuinte. Em outras palavras, um governo marcado pela honradez, decência, dignidade e competente na gestão das políticas públicas não necessita de gambiarras e de aliciamentos para formar sua base parlamentar.
A crise do ensino em São Paulo
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo está convocando, para dar aulas, professores que não conseguiram média mínima no concurso público realizado em novembro último, e até os que nem fizeram as provas. Com isso, deverá preencher temporariamente as vagas existentes nas escolas estaduais da capital e interior. Deve ser um procedimento legal mas, sem qualquer dúvida, é muito esquisito e nos autoriza a questionar como ficará o já caótico ensino, ao incorporar regentes que não passaram no concurso e outros que sequer foram testados.
Prioridades e balelas
Na última quarta feira (de cinzas)quando do lançamento da Campanha da Fraternidade, cujo tema este ano é “Fraternidade e saúde pública”, o Secretário Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disse de forma clara, objetiva e corajosa, tendo ao lado o Ministro da Saúde Alexandre Padilha, que o povo brasileiro e a Igreja estão decepcionados com o corte que a Presidente Dilma determinou no orçameto da União deste ano, no valor de 55 bilhões de reais, incluindo 20,3 bilhões das emendas dos parlamentares que continuam fazendo jogo de cena perante os eleitores.
Mudar Para Continuar no Mesmo
Mudança no secretariado. Notícia de ontem, sem ser velha. Certamente porque ela encabeça todo o noticiário a respeito do governo estadual. Parece não existir outro. Talvez não haja mesmo. Pelo menos com tamanha importância. Sobretudo por conta da pressão. Pressão que vem do Parlamento, e se fortalece no seio dos partidos governistas, com cada qual interessado apenas no quinhão que lhe cabe, ou deveria caber por conta de sua participação na campanha eleitoral vitoriosa.
Tenho culpa?
Hoje acordei há me perguntar, se tenho culpa de acreditar no impossível? De ser inocente ao ponto de acreditar que é possível fazer quando todos dizem que a impossibilidade beira a porta, será que o mundo mudou e os sonhos sumiram e tudo está acabado?
Os "negros" brasileiros são africanos?
Sempre achei muito estranho algumas pessoas, com poucas características dos negros africanos considerarem-se "negros". Creio que todo brasileiro que tenha algum antepassado mais antigo no país traz em si uma miscigenação. E isso parece ser verdade mesmo, ao menos é o que indica uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), coordenado por Sérgio Danilo Pena e publicado na revista "PLoS One".
O MEI pode chegar aos 10 milhões de beneficiados
As boas leis são aquelas que nascem de sugestões da população, de pedidos formulados a partir de problemas sentidos na própria pele. Um bom exemplo é a Lei do Microempreendedor Individual, que traz embutida uma vigorosa proposta social.
Cartas Marcadas
Fala-se bastante em disputa pela presidência do Parlamento mato-grossense. Isso ficou mais forte nos últimos dias. Talvez como reflexo da discussão em torno de nomes para a disputa das prefeituras. Ainda que esta nada tenha a ver com aquela. Pois, em tese, trata-se de instâncias de poder diferenciadas. Mesmo assim, o debate sobre uma não descarta o discutir a respeito da outra. Até pelos interesses particulares que as provocam. Ambas, no entanto, dispensam a participação da sociedade. Participação imprescindível quando se está em democracia.
PMs, a tragédia anunciada
A greve de policiais da Bahia ainda não está resolvida e os policiais do Rio decretam a paralisação a partir desta sexta-feira. O governo carioca diz que todas as unidades policiais trabalham, mas é uma informação provisória, tanto que o governador já acertou o reforço do Exército e da Força Nacional de Segurança. As polícias de várias outras unidades da federação também vivem em pré-greve, mesmo sabendo de todas as conseqüências legais e disciplinares que um movimento paredista pode causar. A reivindicação básica é por melhores salários, que os governos estaduais afirmam não ter caixa para pagar.