Repórter News - reporternews.com.br
Opinião
Terça - 30 de Outubro de 2018 às 07:58
Por: Alecy Alves

    Imprimir


O pleito eleitoral de 2018 está chegando ao final. Felizmente, este domingo (28) é o último dia dessas que estão sendo as eleições mais conturbadas desde o restabelecimento da Democracia no Brasil.


Aprendemos muito nesses últimos meses, especialmente o que não deveríamos fazer. Brigar - com parentes, amigos e mesmo desconhecidos -, defendendo direitos e convicções que, sabemos, nem de longe estão asseguradas por aquele que vamos escolher para presidir o país.

Todavia, o que mais aprendi nas eleições de 2018 está relacionado a algo que praticamos, enquanto deveríamos abominar em nós e nos demais humanos. A chamada 'Indignação Seletiva'.

Parabéns, se você, ao ouvir o nome do candidato de seu pai, irmão, irmã, sobrinha, comadre, melhor amiga..., não se manifestou aborrecida ou apreensivo com a postura do ente querido (ou até então, querido)


Indignar, quer dizer sentir-se revoltado, enfurecido, exasperado, aborrecido... com algo que consideramos ofensivo, imoral, injusto ou incorreto. Já ser seletivo quer dizer, por exemplo, escolher algo ou alguém intencionalmente.

Trazendo essa prática para o contexto político, podemos começar dizendo: atire a primeira pedra (não no sentido literal, pelo amor de Deus) aquele que não indignou-se seletivamente, ou seja, convenientemente.

Parabéns, se você, ao ouvir o nome do candidato de seu pai, irmão, irmã, sobrinha, comadre, melhor amiga..., não se manifestou aborrecida ou apreensivo com a postura do ente querido (ou até então, querido).

Entretanto, se sua primeira reação foi a de rejeição, questionamento, tirar satisfações e/ou partir para tentativas de convencimento ou mesmo briga, você está no rol dos indignados seletivos.

Somos seletivos a todo instante, especialmente quando defendemos posições que, ao nosso modo, são as verdadeiras, as únicas aceitáveis e justificáveis diante de determinada situação.

Queremos portar armas porque a população precisa se proteger, é um direito, e estamos cansados de tanta violência, de permanecermos indefesos enquanto somos atacados por esses que se dizem vítimas da sociedade. E por isso também que acho que "bandido bom, é bandido morto".

Não, não podemos retroceder em conquistas tão importantes. Vejam quantos projetos criaram e quantas melhorias proporcionaram ao país... Além do mais, meu candidato não representa a corrupção, também não é fascista ou misógino.

Então é assim: "bandido bom, é bandido morto" desde que, claro, ele seja de outra família. Ou o corrupto daqui não é igual ao de cá, na verdade foi vítima de um golpe e agora está sendo injustiçado. Imagina, não existem provas.

ALECY ALVES é jornalista e estudante de Serviço Social.



Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/artigo/2232/visualizar/