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Opinião
Quinta - 25 de Maio de 2023 às 18:14
Por: Alfredo da Mota Menezes

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Poucos dias atrás a OMS encerrou a emergência em saúde pública por causa da covid. Foram quase 1200 dias, mais de 760 milhões de infectados pelo mundo (algo como 10% da população mundial) e perto de sete milhões de mortes. A pandemia colocou o mundo em crise na saúde e na economia.

Começou em Wuhan na China em dezembro de 2019. Em janeiro de 2020 já estava espalhando pela Europa. Em fevereiro chegou ao Brasil e em março a OMS declarou emergência pela pandemia do coronavirus.

A primeira morte no Brasil pela covid ocorreu em março de 2020. O país teve quase 700 mil mortes e cerca de trinta e sete milhões de infectados. Uma preocupação enorme para o Brasil e o mundo. Em Mato Grosso foram mais de 800 mil casos e algo como 15 mil mortes. Um desastre na área de saúde no estado, talvez comparada à epidemia da cólera no século 19.

A maioria das pessoas, como determinava o bom senso e a recomendação da saúde pública, ficava em casa. E a televisão, fazendo cobertura do que estava acontecendo, trazia uma preocupação constante com o número de mortes que ocorria em outros países e também no Brasil.

A preocupação era maior ainda porque se via que países altamente desenvolvidos, com população obedecendo às regras determinadas para área de saúde, tinham mortes em ascensão constante. Havia um medo mundial com aquela calamidade.

Os meios de comunicação mostravam também a corrida mundial para encontrar uma vacina para enfrentar a pandemia. Laboratórios diferentes apresentavam suas alternativas sobre uma futura vacina. Leigos, como eu, no seu canto da vida, se perguntava se seria possível essa vacina e em quanto tempo isso poderia ocorrer.

Aparecerem naquele momento matérias jornalistas mostrando que uma vacina leva, em média, cinco anos para ser completada. Que precisava de tantos passos na pesquisa que sugeria que o resultado final chegaria não se sabia quando. E as mortes não paravam de aumentar, aqui e pelo mundo.

Mas os cientistas, num trabalho eficiente e histórico, criaram vacinas para enfrentar aquele mal que afligia o mundo num prazo até rápido, algo como um ano.

Dados mostram que, no caso do Brasil, ali pelo fim do ano de 2021 já se tinha 60% da população vacinada. Um trabalho monumental da área de saúde publica. A ciência vencia a pandemia.

No lado econômico o país teve problemas pelo tempo que as pessoas ficaram em casa se cuidando do vírus da covid. Se teve até embates políticos sobre isso quando gentes do governo federal falavam contra o confinamento. Sabiam que a economia poderia ter problemas e afetar planos eleitorais futuros.

Quem sabe se pode dizer que foi justamente o posicionamento do presidente naquele momento contra medidas para evitar o espalhar da pandemia que talvez tenha afetado a reeleição dele.

Falas e comportamentos que acabaram marcando o momento politico com reflexos mais tarde na eleição. Aquele trepidar nas áreas da saúde, economia e politica marcou a história nacional e mundial.

Alfredo da Mota Menezes é analista político.



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