Nos anos 1960, o garoto Edson, em Guarantã, interior de São Paulo, tinha um ídolo: Moacir, o médico da cidade. Hoje, cinco décadas depois, o empresário Edson de Godoy Bueno comanda a Amil, uma rede de serviços médicos que fatura mais de R$ 9 bilhões por ano. O que aconteceu entre um momento e outro é o ciclo mais fundamental (e talvez o menos compreendido) para o enriquecimento de uma sociedade. Ele começa com uma vontade, passa pelo amadurecimento de uma ideia e resulta numa empresa. Se ela for bem-sucedida, florescerá ao redor de seus fundadores e atrairá novos sócios, investidores e funcionários. Essa mesma lógica se aplica tanto a uma padaria quanto a uma companhia multinacional. Na cabeça de Bueno, é bem clara a linha contínua entre a inspiração de garoto e seu trabalho atual. Muitos empreendedores, porém, perdem-se em algum ponto da trajetória – por isso, três quartos dos pequenos negócios criados no país não chegam ao quinto ano de vida.