Artigos Opinião
Bebida ou direção
Há muito tempo nos programas policiais o crime mais abordado é do assassinato de pessoas por motoristas dirigindo embriagados ou bêbados. São famílias inteiras destruídas a todo instante. São tantos casos que dispensam citação, porém, há pouco mais de um ano, numa auto-estrada em Jarinu, estado de São Paulo, o empresário Marcelo Spadaro de Farias matou Ana Lúcia Ferreira de Souza Silva e quatro filhas, que vinham de uma igreja. O noticiário foi que o empresário fora indiciado por crime culposo. Figura que precisaria ser mais bem apreciada nos casos de crimes cometidos com carro. Dolo não é somente a intenção deliberada de matar, como noticia sempre a mídia nestes casos.
Tratamento militar à dengue
A dengue, mal conhecido no Brasil há mais de um século e meio, torna-se, a cada ano, um desafio maior aos brasileiros e, principalmente, às autoridades de saúde. Ausente e tida como extinta entre os anos 20 e 60 do século passado, a enfermidade voltou a ocorrer em larga escala a partir dos anos 80. Sua reintrodução, segundo observações, deu-se a partir de países vizinhos, e o mal vem aumentando em razão de uma série de fatores estruturais, principalmente, pela falta de conscientização da população sobre o mosquito transmissor. Neste ano, há a agravante da entrada do tipo 4, uma nova espécie de vírus já registrada em alguns pontos do país e para a qual a população não tem imunidade.
Dor de crescimento é coisa séria, diz especialista
Crianças fazem de tudo para chamar a atenção dos pais. Principalmente, manha. O que dizer daquele menino que acorda chorando no meio da noite, reclamando de dor na perna? Ou daquela garotinha que demora a pegar no sono por causa do mesmo motivo? Na opinião do doutor Gilberto Anauate, chefe do departamento de Ortopedia do Hospital Santa Paula, em São Paulo, essas queixas devem ser levadas a sério, já que 15% das crianças sofrem de ‘dor de crescimento’.
Barrados, Porém Não Mais
Frustrante! Decepcionante! São palavras-chaves do discurso contra o mais recente resultado da votação no Supremo Tribunal Federal. Discurso que se apresenta com toda vestimenta popular. Ainda que, contraditoriamente, tenha sido todo construído em reduto de uma ou duas entidades profissionais. O que subtrai o caráter que lhe querem dar. Pois, definitivamente, ele, o discurso, não provém do povo. Tal constatação, entretanto, não esconde a belíssima participação dos mais variados segmentos da sociedade na feitura da “Lei de Ficha Limpa”, e isso a torna uma lei de iniciativa popular.
Os doutores e o emprego público
Depois de chamados a bater ponto na entrada e na saída de suas jornadas de trabalho (de 4 horas ao dia), boa parte dos médicos do sistema público de Mirassol, no interior paulista, se demitiu, provocando uma crise de atendimento à população. O comportamento leva a muitas indagações e reflexões. A primeira é de que se, sem o ponto, os profissionais cumpriam efetivamente suas jornadas. Também é de se perguntar se não seria o caso de criar legislação específica e restritiva para o desligamento voluntário de profissionais públicos que atuam e áreas essenciais.
Discussão na saúde pública de Mato Grosso não pode se restringir ao modelo de gestão de hospitais
O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Mato Grosso tem estudado e debatido a proposta de gestão em parceria com Organizações Sociais, apresentada pelo Secretário de Estado de Saúde, Dr. Pedro Henry, não como espectador, mas como autor co-responsável pelo SUS em Mato Grosso, visto ser as 141 secretarias municipais de saúde que o COSEMS/MT defende e representa quem efetivamente, reponde por 90% da atenção á saúde publica no Estado e por isso são os principais envolvidos nesse processo de mudança. Os gestores municipais de saúde têm lutado em prol da melhoria da saúde da população desse Estado desde a existência do SUS, para isso contam com militantes, técnicos, controle social e servidores da saúde.
Não adianta chorar pelo leite derramado
Como já diz Michael Pollan, em seu livro Dilema do Onívoro, comer é algo muito complicado para os humanos nos dias de hoje. Um dia, a ciência descobre que algo faz mal pra saúde, para depois a associação de produtores daquele produto fazer lobby no governo para promover o consumo do mesmo. Você descobre uma intolerância alimentar, para depois ficar sabendo que não é necessariamente o alimento que te faz mal, mas a forma como é processado.
Inovar é viver
O que faz algumas empresas se tornarem ícones em seus segmentos e atravessarem décadas mantendo-se modernas e cada vez mais competitivas, enquanto outras sequer sobrevivem? A resposta para esta pergunta pode ser resumida em uma só palavra: inovação.
Todo dia é dia da água
Vivemos a “Semana da Água”. A população é bombardeada com informações que apontam para um futuro sombrio em relação à disponibilidade do líquido hoje mal utilizado. É preocupante o quadro demonstrado pela ANA (Agência Nacional de Águas), que aponta problemas de abastecimento em mais de 3 mil dos municípios brasileiros e a necessidade de investimentos da ordem de R$ 22,2 bilhões para recompor mananciais e sistemas de produção e distribuição. É igualmente grave saber que, mesmo com todos os alertas de escassez e finitude do líquido, há um desperdídio da ordem de 25 a 30% de água tratada causado por vazamentos e outros problemas na rede distribuidora. Pouco adiantarão os alertas para a população economizar água se os governos e as companhias de saneamento, quase todas estatais, não fizerem a sua parte.
Mistério e Mortes
“O último cabalista de Lisboa”. Romance de estréia de Richard Zimler. Este se vê dividido entre a sala de aula de jornalismo e a arte de escrever, cuja tarefa já lhe rendeu diverso prêmios literários. Também, pudera, são oito livros. Trabalhos que o fizeram conhecido além dos limites territoriais da cidade do Porto, extrapolando o próprio país em que se encontra atualmente radicado, e popular tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, onde nascera em 1956 (Nova York).