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Meio Ambiente

Segundo o levantamento, ao todo, foram queimados no período 29,7 milhões de hectares, um aumento de 90% em relação ao mesmo período de 2023 e a maior extensão dos últimos seis anos.

De acordo com o Inpe, Mato Grosso registrou uma redução de 38,3% no desmatamento da Amazônia, atingindo 1.264 km². No Cerrado, a queda foi de 30%, com 431,6 km² de vegetação nativa suprimida.

Além das áreas de vegetação nativa acima do exigido, o estudo identificou também áreas com déficit de vegetação nativa, e que precisam ser restauradas ou compensadas.

Com exceção do Rio Madeira, que já tinha sido alvo dessa situação extrema de seca, todos os demais motivaram decretos de escassez pela primeira vez nas medições, iniciadas há mais de cem anos.

Em agosto, centenas de peixes também foram encontrados mortos em uma área próxima à barragem da usina hidrelétrica de Sinop e o caso até o momento não foi esclarecido.

Seus recursos hidrológicos são importantes para o abastecimento das cidades, onde vivem aproximadamente 3 milhões de pessoas, no Brasil, Bolívia e Paraguai.

De acordo com dados divulgados pela Sema, até o momento, foram emitidos mais de 3,1 mil termos de embargos em 276 operações de fiscalização; mais de 3,8 mil autos de infração e 2,8 mil notificações por crimes ambientais, como desmatamento.

Nesse cenário, a população afetada por enxurradas no Brasil aumentará entre 100 e 200%. Doenças transmitidas por vetores como os da dengue e malária também causarão mais mortes.

A meta brasileira para recomposição das áreas naturais foi reafirmada nesta semana, com a atualização do Plano Nacional de Recuperação de Vegetação Nativa (Planaveg), apresentada durante a 16ª Conferência das Partes das Nações Unidas para a Biodiversidade (COP16), em Cali, na Colômbia.