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MT Eleições 2014

A briga entre os candidatos ao governo do Estado sai dos limites da Justiça Eleitoral e vai parar nos tribunais comuns. O governador Silval Barbosa (PMDB) vai pedir uma indenização por danos morais ao empresário Mauro Mendes (PSB) por ele ter associado o nome de peemedebista ao do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

Candidato ao governo, o ex-prefeito cuiabano Wilson Santos (PSDB) deu clara demonstração de “estreitamento de laços” com o adversário Mauro Mendes (PSB), durante debate realizado na noite de quarta-feira, na Univag – Centro Universitário, em Várzea Grande. Apenas os dois concorrentes ao comando do Estado participaram do evento promovido pela universidade. Ao fazer as considerações finais, o postulante tucano se reportou a Mauro destacando a importância do nivelamento da relação política.

Candidato ao Senado, o deputado federal Carlos Abicalil (PT) disse que não teme o crescimento eleitoral de um de seus principais adversários, o ex-procurador da República Pedro Taques (PDT). “Não tenho nenhum temor”, disse ao avaliar a posição de Taques nos estudos eleitorais. Abicalil ressaltou ainda que mantém a mesma opinião em relação aos demais concorrentes ao Senado pelo Estado.

A campanha do candidato à reeleição governador Silval Barbosa (PMDB) deve receber, na próxima semana, outras adesões de prefeitos que representam partidos adversários. A previsão é do presidente regional do PR, deputado federal Wellington Fagundes. Segundo ele, no interior do Estado é crescente a onda de gestores que respaldam a coligação Mato Grosso em Primeiro Lugar.

O marqueteiro Fausto Ferraz pediu à Justiça Eleitoral a cassação do registro de candidatura ao Senado do deputado federal Carlos Abicalil (PT). Alega que, como presidente estadual do partido, ele vem fazendo manobras para não pagar a dívida de R$ 844,3 mil por serviços de marketing prestados à legenda ainda na campanha de 2002. A estratégia, segundo ele, configuraria abuso de poder econômico.

Em Sapezal (a 473 km de Cuiabá) 129 cavaletes com propaganda eleitoral de 12 candidatos foram apreendidos por determinação do juiz Jacob Sauer, que atua na 42º Zona Eleitoral do município. As apreensões foram realizadas pelo chefe de cartório, juntamente com a Polícia Civil, pois as propagandas foram encontradas em locais públicos após as 22 horas, o que fere a legislação eleitoral, já que a permissão é entre 6h e 22h. Este período foi determinado para que o trânsito e as pessoas não sejam prejudicados.

Nesta quinta, assim que souberam das negociações, deputados e candidatos do grupo, como os tucanos Guilherme Maluf e Carlos Avalone e os democratas Gilmar Fabris e José Domingos fizeram reuniões separadas para discutir o assunto. Criticaram Wilson por tomar decisão isolada. Observaram que o ex-prefeito de Cuiabá não consultou ninguém do partido e nem da coligação e que, agindo dessa forma, só estaria pensando na sobrevivência política de si próprio.

O vereador Emanuel Messias Santos (PPS), eleito com 179 votos na eleição municipal de 2008, procurado pela reportagem do AN, por telefone, negou que tivesse sido ele o autor da denúncia que culminou com a condução do candidato a Deputado Federal Ságuas Moraes (PT) e seu grupo político para esclarecer suposto oferecimento de alimentação, durante evento em que participava no salão de festas da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), no final da manhã desta quarta-feira (22.09), quando foram flagrados pela Justiça Eleitoral.

A nove dias das eleições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, de acordo com o calendário eleitoral, deveria ter julgado e publicado todos os recursos sobre pedidos de registro de candidaturas até 19 de agosto, julgou apenas 56% deles. Em Mato Grosso, as urnas eletrônicas incluíram 52 candidatos que ainda tentavam regularizar sua situação na Justiça.