Artigos Opinião
E os juros especiais do cheque?
O governo Dilma soube capitanear bem em cima da decisão austera do Banco Central na redução dos juros da Taxa Selic. Nossa condição sempre servil nos dá, às vezes, uma pequena sensação de independência, de liberdade, de que estamos seguindo por novos caminhos, pavimentados pela autodeterminação política e ideológica, que nos chega com alguns séculos de atraso. São essas pequenas miudezas que enchem nossos corações de esperança.
Entre o sal e o açúcar
"A diferença entre veneno e remédio é, muitas vezes, a dose”. A lição do alquimista suíço Paracelso, um dos pioneiros da medicina moderna no início do século 16, mantém-se atual quase 500 anos depois. Pode ser aplicada, por exemplo, ao uso do sal e do açúcar no cotidiano das pessoas.
Situação extrema, medida extrema!
Escrevo este artigo na madruga de segunda (12.09), antes de conhecer a decisão do governador Silval Barbosa sobre a nova crise da Agecopa. Seja o que for que tenha decidido (se é que já decidiu), não creio que tenha tocado no ponto central: A Agecopa nasceu pelos motivos errados, portanto, a única solução definitiva seria sua extinção.
Tecnologia de ponta e salário do policial
A instalação de rede de comunicação digitalizada e especial, radar, GPS, computadores e até dos recém lançados “tablets” nas viaturas é a nova onda em todo o país. A adoção de tecnologia faz o mesmo efeito midiático antes cumprido pela compra de viaturas, coletes e pistolas que substituíram o velho revólver 38.
Quando os populares se apropriam da tecnologia
Em uma época não muito distante, a principal forma de participação popular na construção de políticas públicas era a modesta representação em audiência na câmara de vereadores. Hoje, os movimentos sociais têm pautado cada vez mais a construção de políticas sociais, de novos paradigmas e quebra de antigos, definição de conceitos e comportamento. Além disso, a população tem se movimentado literalmente, de forma cada vez mais incisiva pela internet. Que a sociedade tem se apropriado das ferramentas virtuais e tecnológicas para provocar transformações sociais é fato.
Sinop, a cidade do conhecimento
Sinop, cidade que se tornou referência no desenvolvimento de Mato Grosso, completa 37 anos neste dia 14 de setembro. O seu crescimento pujante pode ser visto em todos os setores. É a que mais cresce no estado com importante participação no ranking da produção agropecuária brasileira. E a população segue tranquila podendo usufruir de nove faculdades, com mais de 60 cursos superiores e técnicos. O que considero uma ferramenta imprescindível para a transformação social.
De velhinhos
Nosso encontro foi obra do acaso. Parei num córrego para lavar o para-brisas, quando ele surgiu montado numa mula preta e acenou com timidez. Respondi puxando prosa. Zé do Wantuil apeou e conversamos por alguns minutos. Com um pedaço de graveto riscando o chão da Cuiabá-Santarém contou sua história. Era ainda moço, lá pelos 35 anos, com mulher e três filhos pequenos quando deixou o Jequitinhonha
CPMF e o fim da tortura na Saúde
Durante os últimos meses, vemos decolar a discussão sobre a volta ou não da CPMF (Contribuição Provisória da Movimentação Financeira), o chamado “imposto do cheques”, para custeio da Saúde Pública. Governistas tentam justificar o tributo como única forma de socorrer a população.
A narrativa como memória familiar
A palavra “narrativa”é bastante conhecida. As pessoas de mais idade cresceram ouvindo seus pais e avós contando histórias e aprenderam a produzir narrativas na escola, principalmente nas séries iniciais. O universo dessa narrativa, no entanto, é pejorativamente associado às fábulas e aos contos maravilhosos, ligado necessariamente ao mundo da infância. No mundo dos adultos, informa-se, diz-se, descreve-se, opina-se, twitta-se, fofoca-se, mas muito pouco se narra. Na sociedade contemporânea em particular, o espaço da narrativa no meio familiar encontra-se cada vez mais reduzido, sitiado pelo distanciamento e pelas novas mídias.
Desviaram o Assunto
Crises são, quase sempre, resultados de desentendimentos, e estes, na maioria das vezes, frutos do despreparo e da ausência de habilidade de negociar e de dialogar. Ausência que nega a existência da política, e a inexistência desta denúncia a falta de um espaço apropriado, o qual desaparece pela incompetência dos atores. É nesse sentido que deve ser discutido o problemão identificado no coração da Agecopa.