Artigos Opinião
Lula, O Grande Vitorioso
Enfim, uma mulher governará o país. Resultado já esperado. Não existe aqui surpresa alguma. O poder de sedução eleitoral do presidente Lula falou mais alto. Sobretudo diante de uma oposição acanhada e sem trazer na bagagem projeto alternativo de governo. Aliás, neste particular, igualaram-se petistas e tucanos. Pesaram, portanto, os desacertos da campanha peessedebista e a força política do ex-metalúrgico.
Quem faz pelo livro
O livro ainda é bem de luxo e se lê muito pouco no Brasil. Para contrapesar este diagnóstico que persiste ao longo das décadas e denigre nossos reais dados da educação, governos e instituições não-governamentais têm proposto formas de acesso ao livro e incentivo à leitura.
Brasil... O dia seguinte
Em 510 anos de existência, pela primeira vez, o Brasil elege uma mulher para a chefia do governo. Novidade tão grande quanto a de oito anos atrás, quando foi eleito o primeiro trabalhador. São eventos merecedores de registro porque podem representar a oxigenação da sociedade e a possibilidade de novos caminhos para a vida político-administrativa nacional. O ano de 2010 foi atípico. Teve a Copa do Mundo e, logo em seguida, o período eleitoral, que transcorreu com pendências judiciais e momentos de tensão, mas chegou ao fim com avanços como a realização de eleições tranqüilas e, principalmente, a validação do instituto da Ficha Limpa, que retira os condenados do cenário eleitoral.
O dilema de Matusalém
Quando os povos da Mesopotâmia, no Oriente Médio, criavam a linguagem escrita, há quase cinco mil anos, do outro lado do mundo, mais precisamente nas Montanhas Brancas da Califórnia, florescia um pinheiro da espécie Pinus longaeva, hoje uma portentosa árvore, considerada por muitos estudiosos o ser vivo mais antigo do Planeta. Matusalém, como foi carinhosamente apelidada, testemunhou como a capacidade de dar significado lógico a caracteres impressos mudou o destino da humanidade. Sim, pois o progresso nesses cinco milênios foi radical e infinitamente maior do que nos milhões de anos anteriores.
Vamos parar por aqui
De grão em grão, a galinha enche o papo. Não por acaso, todo regime de exceção (no português claro, ditadura) é também um "estado de direito". Como ironizava Orwell, a legislação é altamente volúvel em tempos de autoritarismo. Mas tudo começa com pequenas concessões. E, de flexibilização em flexibilização, de relativismo em relativismo, a democracia subverte-se em populismos, unilateralismos, integralismos, monodoutrinas, unipartidarismos.
A anti-campanha está no fim
Estamos na última semana da campanha eleitoral. Uma campanha que pecou pela agressão colocada no lugar das propostas. Principalmente no segundo turno, tivemos o espetáculo deprimente da falsidade apoiada em técnicas de marketing para enganar o eleitor. Faltaram propostas e sobraram agressões de lado a lado, como se não houvesse expectativa de vida após as eleições.
Quando uma luz se apaga
Passamos pela vida sempre em busca de atingir um ponto comum. Creio que todos nós buscamos a felicidade, claro que respeitando o tamanho dela para cada um. Felicidade é poder conquistar o poder de ser livre e criar laços que nem a eternidade poderá desatar. Às vezes é natural que ela seja abalada e nesta semana, não foi diferente. Uma dessas marcas foi levada pelas águas do nosso rio da vida.
Servidores Publicos sustentaculo do Estado
Somos o maior patrimônio do Estado, entra governo sai governo lá estamos nós, cumprindo nossa obrigação, atendendo e resgatando os interesses de nossa sociedade, demonstrando com sucesso nossa atuação em todas as esferas administrativas.
Alienação de corações e mentes
Os europeus e os americanos estão apavorados com o número de mortes de soldados da Otan no Afeganistão. Só neste ano, até domingo, chegaram a 600. Eles consideram que este foi o mais sangrento dos anos da guerra. Pois 600 mortes é o que os assassinatos no Brasil produzem em menos de quatro dias e meio! Na guerra do Afeganistão a média, portanto, é de dois soldados da Otan mortos por dia. Aqui, a média é de 137 brasileiros assassinados a cada dia. Ou seja, é 68 vezes mais perigoso morar no Brasil do que ser soldado americano ou inglês, francês, alemão, no Afeganistão. E nós não nos escandalizamos com isso, nem os candidatos em campanha eleitoral. Por isso, pode piorar.
A incógnita
Vive-se no momento derradeiro da disputa. Novidade alguma deve ocorrer. Isso em termos de discurso ou de proposta. Pois até agora, nada se viu nesse sentido. A petista e o tucano protagonizam a pior de todas as campanhas, desde 1989. Duas ou três de suas peças de propaganda são as únicas coisas que salvam. Embora tenham sidas produzidas com enredos de inverdades, em meio a um cenário de faz-de-conta, aplaudidas por leitores-torcedores e assistidas por votantes, em sua maioria, apáticos.