Artigos Opinião
PMs, a tragédia anunciada
A greve de policiais da Bahia ainda não está resolvida e os policiais do Rio decretam a paralisação a partir desta sexta-feira. O governo carioca diz que todas as unidades policiais trabalham, mas é uma informação provisória, tanto que o governador já acertou o reforço do Exército e da Força Nacional de Segurança. As polícias de várias outras unidades da federação também vivem em pré-greve, mesmo sabendo de todas as conseqüências legais e disciplinares que um movimento paredista pode causar. A reivindicação básica é por melhores salários, que os governos estaduais afirmam não ter caixa para pagar.
Os homicídios do Brasil
Passei minha infância durante os anos gloriosos da ditadura, do "milagre brasileiro". Durante a década de 70, nosso país era visto como uma superpotência do futuro. No programa do Moacir Franco tinha até um quadro em que ele interpretava um usineiro de álcool que espezinhava o presidente Carter, dos Estados Unidos da América. Ironia das ironias, hoje, o Brasil importa álcool dos EUA. Eita erro federal! Literalmente...
A sociedade desenvolvida e... insalubre
O bueiro explode sob os pés das pessoas, os edifícios caem sobre suas cabeças, o assaltante as ataca, o carro as atropela, a turba saída da torcida de futebol promove atos de vandalismo, as compras pela internet atrasam, o site do banco foi tirado do ar por hackers que dizem protestar, as crianças, jovens e até os adultos estão viciados em redes sociais. O nosso mundo, sem qualquer dúvida, está mudado. Mas o cruel disso é que as mudanças ainda estão em curso e muitas das coisas que eram simples tornaram-se complexas e perigosas. É altamente injusto que todos nós tenhamos que pagar com sofrimento e até com a própria vida os custos dessa modernidade que chegou e entrou em nossas vidas sem pedir licença.
Superação e Entrelaçamento
Os parlamentares retornaram ao trabalho. Justamente em uma quinta-feira. Bastante sugestivo. Talvez, por isso, protocolar. O que não invalida as mais variadas leituras da dita sessão de reabertura. Muitas delas já foram publicadas e divulgadas pelos meios de comunicação. Ainda, porém, não suficientes. Até porque os discursos em plenário devem ser tomados tanto pelo que dizem como pelo que não dizem. Pois são motivados por um desejo e uma necessidade. Ambas com o fim de influenciar. Este é o ponto de toda discussão. Ainda que seja regional.
A crise do sistema habitacional
Mais uma vez, o programa nacional de habitação torna-se fantasia eleitoral. A Controladoria Geral da União (CGU) informa que 74% dos investimentos destinados à construção de moradias populares não se concretizam ou atrasam muito. De 4243 projetos contratados, 3140 não estão em execução por uma série de motivos, mas fazem parte da “produção” habitacional que os políticos governamentais usam, especialmente em campanha eleitoral. Constata-se, também, que o programa Minha Casa Minha Vida enfrenta problemas e, como a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, a faixa mais atingida é a das famílias com renda até R$ 1,6 mil mensais.
Judiciário, MP e OAB, o bastião da justiça
Para o espanto geral, o Poder Judiciário resta arranhado pelas suspeitas de irregularidades praticadas por magistrados e, principalmente, pela vigorosa reação das entidades representativas da classe, contrárias às propostas de apuração dos supostos malfeitos. Data vênia, melhor seria não existirem as suspeitas mas, agora, com as dúvidas lançadas ao vento, o melhor é providenciar as apurações com a maior brevidade para que delas surja a separação do joio e do trigo e se afaste o risco de toda a classe ver-se com a imagem comprometida.
São Brás e a bênção da garganta
É costume muito antigo da Igreja, invocar a intercessão dos santos, especialmente os mártires, contra as doenças, calamidades e outros infortúnios da vida terrena. Diz a Liturgia que “na presença de Deus intercedem por nós sem cessar”. Por isso, o calendário litúrgico contempla a cada dia a memória dos santos. Até mesmo a Igreja celebra em 1º de novembro a festa de todos os santos, para celebrar também aqueles cujo nome e história não conhecemos.
cultura do dinheiro
Bendita a época em que o dinheiro deixará de ser um artifício de deturpações, ganâncias e vaidades, resgatará a finalidade de sua criação, e voltará a ser unicamente facilitador de trocas de valores, cujo procedimento era feito pelo escambo (troca de bens ou serviços).
Estadista? Claro que Não.
Tem-se a impressão que o momento atual é o da não existência de estadista. Figura presente, talvez, em outros tempos. Porém tão em falta agora, em uma situação de crise. Isso não apenas em um dado país. Mas em todos eles. Independentemente do pertencer ou não ao “terceiro mundista” – expressão bastante utilizada nos anos de 1960. Nota-se tal ausência, inclusive, no grupo de grandes nações e nos integrantes dos emergentes; assim como também em Estado pertencente ao chamado “velho mundo”, a exemplo de Portugal, cujo presidente da República foi muitíssimo infeliz em suas últimas declarações, sobretudo as que dizem respeito ao seu rendimento, o qual “não chega para pagar as” suas “despesas”.
Cansado do velho jargão "dá nada não"!
Entrei para comunicação no início dos anos 2000, isso mesmo bem na virada do século, com uma coisa na cabeça, “mudar o mundo” ou pelo menos tentar, lembro até hoje do meu primeiro jornalzinho escrito com a mão e folhas de “sulfite”, depois imprenso na impressora do colégio e até mesmo nas dos amigos.