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MT Eleições 2014

O candidato ao governo estadual Wilson Santos (PSDB), questionado sobre o caso do superfaturamento do programa “MT 100% Equipado”, do governo estadual, disparou que a palavra “roubo” sintetiza o acontecido. Além disso, ele acusou o governador Silval Barbosa (PMDB), candidato à reeleição, de ter “patrolado” a legislação eleitoral ao efetuar a entrega dos maquinários em ano eleitoral.

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Carmem Lúcia negou liminar, em decisão monocrática, solicitada pelo ex-deputado estadual José Riva (PP) para suspender os efeitos da cassação do mandato ocorrido no final de julho no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Embora 96 estejam na disputa a deputado federal, os próprios partidos fizeram "depuração" e revelam, nos bastidores, que não chegam a 20 os nomes competitivos, ou seja, que possuem chances reais de vitória. Quem já está com mandato leva vantagem em vários aspectos, entre eles pela consolidação das bases, estrutura e visibilidade, inclusive quanto à busca de doadores de campanha. Os de fora enfrentam maiores obstáculos e gastam mais, a não ser aqueles mais experientes na vida pública como Júlio Campos, que já foi prefeito, deputado federal, senador e governador. De 8 federais, só Carlos Abicalil (PT) não tenta a reeleição. A renovação deve ficar no máximo em 50%.

O governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB), condenou ontem a postura do candidato Mauro Mendes (PSB) bem como suas críticas as políticas públicas e disse que "quem semeia a discórdia colhe tempestade". O chefe Executivo que durante o dia em entrevistas já havia ponderado que o candidato de oposição nos últimos sete anos "foi amigo muito próximo do governo Blairo Maggi e Silval Barbosa, agora faz pose de oposição de olho em convencer os eleitores a votarem nele", numa verdadeira alusão de lobo em pele de cordeiro.

Uma verdadeira onda de bastidores, a maioria de cunho maldoso, simplesmente invadiu, nas últimas 48 horas, os bastidores da campanha eleitoral em Mato Grosso e, de modo óbvio, envolve os principais protagonistas das eleições majoritárias e ainda alcança alguns dos principais candidatos das proporcionais de deputado federal e de deputado estadual.

Em Mato Grosso, 6.774 mil eleitores indígenas farão parte de um grande esquema de votação, com direito a helicóptero, aviões, transportes terrestres e marítimos para levar urnas aos locais mais isolados. Dois candidatos tiveram registros deferidos. Apesar de nem todos terem a obrigatoriedade do voto, o direito de escolher quem ocupará cargos públicos serão importantes para as decisões sociais, será garantido. O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE) e Funai (Fundação Nacional do Índio) dividiram as áreas ocupadas por 26 mil índios em todo o Estado em 26 zonas eleitorais.

O tucano Wilson Santos pediu votos ontem de olho no segundo turno. Alega que, em condições de igualdade com os demais concorrentes, vai conseguir mostrar que é o mais preparado para administrar Mato Grosso.

O candidato do PSDB ao governo do Estado, ex-prefeito Wilson Santos, realizou uma passeata no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, sem a presença dos aliados Jaime e Júlio Campos (ambos do DEM), que têm a região com um dos principais redutos eleitorais. O tucano participou de praticamente todo o evento acompanhado pela esposa Adriana Bussiki e o candidato a deputado estadual Carlão Nascimento (também do PSDB), além de centenas de cabos eleitorais.

O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, afirmou ontem que a reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB) assegura o alinhamento das políticas públicas entre o governo federal e o estadual. Destacando que o presidente Lula (PT) não faz distinção entre governos geridos por oposição ou situação, ele reforçou o entendimento de que a administração “verticalizada” assegura de fato resultados mais eficazes e promissores em relação ao desenvolvimento dos trabalhos em estados como Mato Grosso.